Repórter, dono de companhia aérea e até policial: relembre mentiras de Marcelo 'VIPs', considerado o maior golpista do Brasil

  • 10/12/2025
(Foto: Reprodução)
g1: Golpista maringaense Marcelo VIPs morre em Santa Catarina Dono de companhia, líder da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), músico de bandas famosas, policial, tenente, repórter, fiscal da Receita Federal, entre outras identidades. A lista de mentiras contadas ao longo da vida por Marcelo Nascimento da Rocha, o "Marcelo VIPs", garantiu a ele ser conhecido como um dos maiores golpistas do Brasil. O paranaense, natural de Maringá, morreu nesta terça-feira (9), em Joinville (SC), vítima de uma cirrose hepática. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Maringá no WhatsApp Na biografia intitulada "Vips: Histórias reais de um mentiroso", escrita por Mariana Caltabiano, Marcelo contou que começou a aplicar golpes nas pessoas aos 14 anos de idade e que trabalhou como piloto para o narcotráfico aos 18. Ainda conforme a publicação, fingiu ser policial quando tinha 16 anos para conseguir viajar ao balneário de Ipanema, em Pontal do Paraná. Lá, realizou uma prisão e abordagens até ser desmascarado por outro policial. Para ir a um festival de dança em Joinville (SC), Marcelo se apresentou como repórter de televisão - dizendo o nome de um canal verdadeiro - e conseguiu uma credencial, aos 17 anos. Nesta oportunidade, ele disse ter entrevistado figuras da política e artistas. O personagem acabou quando a organização do evento percebeu as mentiras ao questioná-lo sobre a exibição das entrevistas. Com a mesma idade, disse ser olheiro da seleção brasileira, em Curitiba. Frequentou festas e conversou com jogadores antes do dono do hotel em que ele estava hospedado ver que se tratava de um adolescente. Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido como Marcelo VIP, TV Centro América Nos últimos anos de vida, segundo o advogado Roberto Bona Junior, que era amigo de Marcelo e comunicou a morte, ele vivia um período de ressocialização como produtor de grandes artistas. "[...] Fez muita coisa errada na vida, mas que soube aproveitar as novas chances e escrever outra história", relatou Roberto em uma rede social. Leia também: Postou 'stories' no exterior: Juiz do Paraná é suspeito de morar fora do país enquanto deveria cumprir expediente presencial Investigado por pedofilia: Morador do PR se torna suspeito de instalar câmera em banheiro Resultado: UEL divulga lista de aprovados no Vestibular 2026 Piloto, guitarrista e fiscal da Receita Federal De acordo com a biografia de Marcelo, ele aprendeu a pilotar avião enquanto observava os pilotos e participava de alguns voos - depois de insistir para viajar junto. Com 18 anos, começou a fazer os voos em Foz do Iguaçu para transportar produtos ilegais e também realizou narcotráfico. Na juventude, Marcelo era piloto Reprodução A primeira vez que foi preso por falsidade ideológica, estava fingindo ser o guitarrista da banda Engenheiros do Hawaii, em Balneário Camboriú (SC). Ele tirou fotos para colunas sociais e se apresentou como músico, mas foi flagrado e levado à delegacia. Depois da cadeia, aprendeu a aplicar um golpe em que fingia ser fiscal da Receita Federal e começou a enganar pessoas com a falsa promessa de venda de produtos apreendidos. Dono de companhia aérea Com 25 anos, foi preso - e depois liberado - por transportar cocaína no avião. Pouco tempo depois, quis participar de uma festa e enganou a organização dizendo ser filho do dono de uma companhia aérea. No evento, deu entrevistas e se apresentou com a falsa identidade. Para compor o personagem, levou seguranças. A conversa foi transmitida na televisão. Marcelo foi preso no aeroporto, quando um policial federal desconfiou da identidade dele. Outras identidade, fuga da cadeia e filme O livro cita que, enquanto esteve preso no Complexo Penal de Bangu em 2002, assumiu a posição de líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), mesmo sem estar envolvido com o grupo criminoso. Fez isso para controlar uma rebelião. Um tempo depois, fugiu da cadeia pela rede de esgoto. Em 2010, foi lançado o filme baseado na ficha criminal de Marcelo. O ator escolhido para viver ele nas telas foi Wagner Moura. No livro de 2005, a mãe de Marcelo foi entrevistada e contou que a família "perdeu o controle" sobre ele após se mudarem para Curitiba, quando ele tinha oito anos de idade. Última prisão Em 2014, somava 33 anos de prisão por associação ao tráfico, roubo de avião, estelionato e falsidade ideológica. À época, ele havia sido preso em 12 estados diferentes e fugido nove vezes. Marcelo foi preso em 2018, em Cuiabá (MT), durante a 2ª fase da Operação Regressus, acusado de fraude processual para a progressão de regime, apresentando atestados e certificados falsos. Ele foi liberado 40 dias após a prisão preventiva. Marcelo Nascimento da Rocha foi preso em Cuiabá. Ailton Caldeira/ TVCA Leia mais: Golpista que inspirou filme 'VIPs' é convidado a participar de evento com advogados criminalistas em Cuiabá Segundo a autora do livro em uma publicação nas redes sociais, Marcelo cumpriu pena em regime fechado e semiaberto, totalizando 10 anos. Marcelo estava ministrando cursos, se apresentando em palestras sobre persuasão e dava entrevistas sobre o que viveu, além de promover a biografia. Vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais notícias da região em g1 Norte e Noroeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/12/10/perfil-marcelo-vips-golpista-pr-morte.ghtml


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