Professor do Paraná é investigado por apologia ao nazismo, racismo e xenofobia
18/04/2024
Professor atuava em colégios da rede estadual em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e foi afastado das funções. O g1 tenta identificar a defesa do professor. Polícia Civil do Paraná
Polícia Civil/Divulgação
Um professor de história da rede estadual do Paraná foi afastado das funções nesta quinta-feira (18) durante uma investigação que apura apologia ao nazismo, racismo e xenofobia nas redes sociais. O afastamento foi confirmado pela Secretaria Estadual de Educação (Seed).
De acordo com a Polícia Civil (PC-PR), o homem é professor em dois colégios estaduais em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O g1 tenta identificar a defesa do professor.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
Na manhã desta quinta, um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça a pedido da polícia foi cumprido contra o investigado. Os alvos foram residências do suspeito e armários dele em um dos colégios onde ele trabalha.
O pedido de afastamento das funções também foi uma solicitação da polícia à Justiça.
De acordo o delegado Vyctor Grotti, responsável pelo caso, o homem é investigado por incitar a discriminação e preconceito de raça, cor e procedência nacional, também como veicular símbolos para apologia ao nazismo, movimento extremista que matou seis milhões de judeus.
LEIA TAMBÉM:
VÍDEO: Depois de atropelar e atirar contra jovem, suspeito grita: 'Tá vivo, piá'
Laranjeiras do Sul: Justiça decreta internação provisória de adolescente que capotou carro com meia tonelada de maconha em fuga da polícia
Previsão do tempo: Paraná pode ter geada nos próximos dias
O que diz a Seed
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que o afastamento foi cumprido pelas direções dos colégios, apesar da pasta ainda não ter sido intimida oficialmente da decisão.
Ainda conforme a nota, a Seed acredita que a notificação do governo ocorrerá nesta quinta e que o afastamento será mantido.
Com a decisão, o professor está impedido de dar aula nas instituições.
Investigação da Abin
A Polícia Civil informou que foi informada do caso pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), serviço de inteligência civil do Brasil, responsável pelo Sistema Brasileiro de Inteligência.
A agência confirmou que identificou o suspeito em meio ao acompanhamento de grupos extremistas que atuam no Paraná.
"A ABIN tem intensificado esforços contra grupos extremistas atuantes no Brasil e cuja ideologia estimula o recurso à violência contra grupos étnicos específicos, mulheres e minorias. Os objetivos da Agência são mapear estruturas extremistas, verificar vínculos com grupos estrangeiros similares, apurar os efeitos negativos do crescimento dessas ideologias para a Democracia e colaborar com as autoridades de segurança para neutralizá-las", afirmou por meio de nota.
Mais assistidos do g1 PR
Leia mais em g1 Paraná.