Primeiro cão perito da Polícia Científica auxilia investigações sobre homicídios e outros crimes no Paraná
15/06/2025
(Foto: Reprodução) Animal, da raça pastor-belga, foi treinado por quase dois anos para se tornar um auxiliar em investigações. Conheça Raman, o primeiro cão perito da Polícia Científica do Paraná
As investigações feitas pela Polícia Científica do Paraná têm contado com o reforço de Raman, primeiro cão perito da corporação. O pastor-belga atua na perícia para identificação de vestígios de sangue de casos de homicídio, além de outros crimes. Assista acima.
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Segundo a Polícia Científica, o nome Raman foi inspirado na técnica "Espectroscopia Raman", que consiste em identificar substâncias em cenas de crimes.
Em junho deste ano, partículas de sangue identificadas pelo animal em um caso de homicídio foram coletadas e confirmadas pelos aparelhos da polícia depois da análise. Raman também auxiliou a perícia em casos de tentativas de homicídio, onde encontrou sangue em roupas, em uma faca e em um carro.
O pastor-belga foi treinado por quase dois anos para se tornar um auxiliar em investigações, de acordo com a polícia.
"Quando ele identifica mancha de sangue em grande quantidade, ele acaba deitando [...] Há uma mudança de comportamento dele quando ele localiza a presença do líquido. Ele pode começar a cavar e girar no ambiente", explica a perita criminal Isabella Melo.
Cão perito Raman
SESP-PR
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Treinamento
Segundo a perita Isabella Melo, o processo de adaptação do cão na polícia começou com o treinamento de obediência, para que ele se acostumasse com os comandos da polícia. Na sequência, Raman passou por um treinamento, composto por três fases, para começar a detectar sangue. Foram elas:
O odor de sangue foi apresentado para Raman por quatro meses;
Na segunda fase, o cão teve que buscar sangue em caixas, as quais deveria identificar qual delas tinha o faro de sangue;
Depois, o pastor-belga procurou o líquido em ambientes diversos, com as evidências sendo colocadas em lâminas e escondidas em diferentes locais.
Além disso, o cachorro também passou a ter contato com outros odores, para que ele pudesse marcar e identificar apenas o sangue.
Com a chegada do cão na perícia, os policiais precisam ficar atentos com os sinais do cachorro, que modifica o comportamento ao encontrar o líquido.
"O Raman encontrando o que os nossos olhos não veem, ele acaba otimizando o nosso trabalho, diminuindo a necessidade de recursos de peritos, equipamentos ou substâncias, e agilizando muito o que a gente faz", explicou a perita criminal Sandra Balthazar.
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